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Os erros de português mais comuns que cometemos ao escrever um texto

  • Foto do escritor: Ana Magal
    Ana Magal
  • 18 de jun. de 2018
  • 3 min de leitura

Foto: Raquel Camargo - Museu da Língua Portuguesa/SP



Existem palavras que nos deixam para lá de confusos. Aqueles que precisam lidar com a escrita diariamente sofrem ainda mais com os erros. A Língua Portuguesa é cheia de pegadinhas que confunde a cabeça de qualquer um, de um simples estudante até um grande profissional de conteúdo. Eu, como você, já errei muito e ainda irei errar, porém existem algumas regrinhas gramaticais que nos enlouquecem e que são facilmente aplicadas se consultarmos uma gramática ou dicionário antes de publicar.


Os erros mais comuns são o troca-troca de palavras por conta da similaridade da escrita ou da pronúncia e conjugações verbais. Os verbos mais conhecidos por confundir a cabeça de muita gente são o “haver” e “fazer”. Cometer deslizes na hora de escrever corretamente não é privilégio de poucos, acredite, todos cometemos.


O verbo “haver”, por exemplo, tem várias formas de aplicação em uma frase e dependendo de seu sentido poderá ser conjugado em todas as pessoas ou apenas na 3ª do singular. É justamente nesse caso que ocorrem os maiores desastres gramaticais. Tudo porque ele é um verbo impessoal quando seu sentindo significa “ocorrer ou acontecer”, portanto, não possui sujeito e só pode ser conjugado na terceira pessoa do singular. Quando ele tem o mesmo sentido de “obter, alcançar, adquirir ou conseguir” ele pode ser conjugada em qualquer tempo ou pessoa.


Tudo complica ainda mais quando o verbo “haver” tem o mesmo sentido de outros verbos, como “existir e ter”. A confusão nesse caso é uma das mais comuns encontradas na web. Perder-se na hora do plural é algo corriqueiro que até os grandes portais comentem. Tudo isso porque nesse caso ele também é um verbo impessoal e quando assim só pode ser conjugado no singular mesmo que o resto da frase esteja no plural. Complicou? Então veja um exemplo:


  • ERRADO – Haviam muitas pessoas na festa ontem.

  • CORRETO – Havia muitas pessoas na festa ontem.


Esse mesmo erro de verbo impessoal ocorre com o “fazer”. Toda vez que ele expressar tempo sempre será flexionado no singular, independente do restante da oração. Veja como:


  • ERRADO - Fazem cinco anos que ela se mudou daqui.

  • CORRETO - Faz cinco anos que ela se mudou daqui.


A web trouxe a praticidade na hora de conversar, porém também massificou um erro comum entre crianças, adolescentes e nos adultos que por aqui digitam. Escrever como se fala é até hoje a pior maneira de cometer uma gafe gramatical. Veja um bom exemplo:


  • ERRADO – Eu vivo às custas do meu trabalho.

  • CORRETO – Eu vivo à custa do meu trabalho.


Estamos tão acostumados a falar que “vivemos às custas de algo” que acabamos tornando isso como se fosse um fato real da escrita. Porém quem vive à dependência de algo ou alguém vive “à custa de”.


E quando é hora de preferir alguma coisa... Ih! Começa o terror. No twitter, principalmente, vemos muitas pessoas dizendo que preferem “comer isso do que aquilo”, que “prefere a música do cantor tal do que a da cantora tal”. Tudo um completo engano. Isso porque, quando preferimos, sempre será “a algo ou alguém” e não “do que”. Confira:


  • ERRADO – Prefiro ouvir rock do que funk.

  • CORRETO - Prefiro ouvir rock a funk.


E os mais esquecidinhos sempre se enrolam quando "não percebem algum acontecimento" e teimam em dizer que tudo passou “desapercebido” por ele. A palavra correta é DESPERCEBIDO. Ou seja, quando você estiver “desligado” e não notar alguma coisa rolando perto de você é porque tudo “passou despercebido”, entendeu? Explicando melhor:



E por falar em se perder, vamos a um dos mais clássicos troca-trocas de sentido fonético: a orientação de espaço e tempo. Como assim? Simples! Podemos dizer que a maioria das pessoas não faz a mínima ideia de quando e como usar as palavras “onde e aonde” e por esse motivo sempre trocam sua colocação.


“Onde” significa um lugar físico, por isso, só poderá ser usado se você estiver nele, caso contrário o correto é usar “aonde”, já que essa significa o destino a se chegar. É fácil decorar, é só lembrar isso “onde eu sempre estou e aonde é para o lugar que vou”. Entendeu? Então veja um exemplo:


  • CORRETO – Me perdi semana passada porque não conhecia o endereço onde eu deveria ir.

  • CORRETO – Não faço a mínima ideia aonde deixei meu celular.


Esses erros são comuns. Todos nós cometemos. Por esse motivo reler e revisar nossos textos antes de publicá-los é fundamental. Isso serve tanto para quem possui um blog pessoal como para grandes empresas que mantêm um blog corporativo. Somente nós podemos zelar pela nossa língua-mãe. É muito importante aprender novas línguas, porém cuidar com carinho daquela que nascemos falando é responsabilidade de todos nós.


Português Legal! Adote essa ideia! (agora sem acento viu...)



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